Verso

Um caminho à beira da estrada. A curva fora do ponto. O conto de fodas. Bodas de nada. Cada verso é inverso. Um trote. Uma morte. Uma vida varrida. Uma adaga amolada.

Ah! Não me amole!

Quem sou eu

Minha foto
Brazil
O ser vil que te serviu para dar boas viagens O personagem lascivo recorrente das obras de Dostoieviski. O chupa-cabra noticiado pelo Fantástico em 1996. O que há de mais tecnológico em matéria de letras noturnas e soturnas. Aquele que inaugura uma nova escola literária: passivos nocivos (isso mesmo, entenda da pior forma). O pai do salvador do mundo. (Cristovão Júnior).

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Outro e a Surpresa

Impressionante o quanto, nos dias de hoje, perdemos a capacidade de nos surpreender. Pudera! Trabalho+Falta de saco+meios de exageração= ser humano desestimulado.
Ao que me parece, nada parece ter importancia. Eleições, assassinatos, assaltos, saltos a longas distancias. Nada causa espanto.
Bom! É claro que o povo deste lado do mundo sempre gostou de boas narrativas. Homero não fez aquele montão de livros à toa. Mas, pelo amor dos deuses! É lamentável perceber que só nos interessamos quando o Datena narra a perseguição do bandido. Ou quando o Ratinho, na posição de juiz e júri, realiza o julgamento e ainda faz as vezes do carrasco. Isso é que é ser multiprofissional da comunicação.
Não importa o que acontece. O que interessa é como se diz o acontecido.
Analisando de a história do pensamento humano, vamos perceber que essa é uma característica dos mitos antigos. As pessoas não acreditavam nas historias pelo fato de os narradores dizerem algo novo, mas porque de eles pareciam (e só pareciam) dizer a verdade. Me perdoem os mais entendidos, mas é como se os Datenas e Ratinhos quisessem esse lugar homérico na atualidade. A diferença está somente em todos os aspectos textuais, simbólicos, literarios... Mas o seu objetivo de atrair pela narração é claro.
Pois, muito bem! Algumas coisas ainda me impressionam. Não sei se é certo dizer que deveria te impressionar também. Mas, veja só! Como se pode falar em liberdade, igualdade social (sem revoluções francesas, é claro) e pensamento crítico, se, na atualidade lidamos com pessoas de 15 a 17 anos que nunca ouviram Gabriel, O Pensador, por exemplo?
Como devemos falar em preservação da natureza para uma população geral que só ficará impressionada se, de uma só vez e num só momento, 3 mil pessoas morrerem de insolação?
É a geração da Internet, das mídias sem-fio e da alta tecnologia. No entanto, é também a geração que extinguiu a crítica social e, o que é mais importante, a autocrítica. Todos (Jovens, adultos, crianças...) voltados para o interior das suas mentes, como num livro de Augusto Cury, mas esquecidos do outro e pelo outro.
E o tio Sam disse: _ "Que haja a Internet". E Deus permitiu que existisse.

08/07/2011. Talvez você, no Maranhão, esteja lendo esta postagem, conversando com um prima de São Paulo, digitando gracinhas para o namorado, em recife e pegando de um amigo as questões de matematica expostas naquela aula que você faltou.
Onipotencia__ Será que nem isso te impressiona?