Verso

Um caminho à beira da estrada. A curva fora do ponto. O conto de fodas. Bodas de nada. Cada verso é inverso. Um trote. Uma morte. Uma vida varrida. Uma adaga amolada.

Ah! Não me amole!

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Brazil
O ser vil que te serviu para dar boas viagens O personagem lascivo recorrente das obras de Dostoieviski. O chupa-cabra noticiado pelo Fantástico em 1996. O que há de mais tecnológico em matéria de letras noturnas e soturnas. Aquele que inaugura uma nova escola literária: passivos nocivos (isso mesmo, entenda da pior forma). O pai do salvador do mundo. (Cristovão Júnior).

domingo, 21 de agosto de 2011

Domingo Sangrento!

SOLIDÃO+EMBRIAGUEZ=ILUSÃO DE LIBERDADE=DOMINGO LEGAL=FAUSTÃO=FIM DE SEMANA DO TRABALHADOR BRASILEIRO

QUANTO SERÁ QUE A TELEVISÃO LUCRA PRA FAZER VOCÊ ESPERAR UM GALO CANTAR EM PLENA TARDE DE DOMINGO? OU PRA OUVIR UM CARA, FEIO PRA CARAMBA, CANTANDO: "TÁ COM FOME? TÁ COM FOME? PEGA UM SANDUICHE E COME"?

ATENÇÃO! NAS TARDES DE DOMINGO, DÊ UM JEITO DE SAIR DE CASA.

CASO CONTRARIO, DEIXE OS PORTÕES E JANELAS ABERTAS E TRANQUE A TELEVISÃO. ELA PODE DEVORAR VOCÊ.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mercado de Trabalho e Mercado do Trabalho

O Mercado é complicado. É burocrático. Cheio de frescura. Se não agüentar, não entra!

O Trabalho é rígido. É duro. E obrigatório. Ruim com ele, pior sem ele!

Desde o inicio do século XX, e mais fortemente depois da Segunda Guerra Mundial, o jovem tem sido convocado se tornar-se um profissional competitivo para o mercado de trabalho.

Até o início dos anos 90, os cursos de datilografia atraíram grande parte deste público.

No entanto, com o advento e democratização das tecnologias, os cursos de informática tomaram a frente.

Nas universidades, cursos como ciências contábeis e administração têm oferecido as bases para a formação de profissionais capacitados.

As empresas cobram que o trabalhador fale inglês fluentemente, o que faz aumentar a oferta de escolas de idiomas.

Toda essa impulsão à especialização, fortalecida pela mídia, pelos sistemas de ensino e pela própria situação histórica em que vivemos tem causado, dentre vários benefícios, dois grandes prejuízos para o bolso e para as mentes de pais, jovens e donos de construtoras, na maior parte do Brasil.

1. Muitas escolas de capacitação profissional prometem falsas vagas de estágio: a reportagem do Jornal da Globo desta noite denunciou escolas que, além de oferecer cursos caríssimos de informática básica, afirmam ter convênios com grandes empresas, para atrair o público. Ao serem entrevistados, os funcionários afirmaram que, na verdade, oferecem encaminhamento ao mercado de trabalho e não emprego garantido. Ora, em vez de pagar um curso de 300 reais mensais para aprender a usar um PC, você pode comprar o aparelho e usá-lo do jeito que quiser.

Além disso, qual o efeito de procurar um emprego com uma carta de recomendação da empresa onde se faz o curso? De qualquer forma, é sua competência (ou seu nível de proximidade com os diretores da empresa) que vai ser avaliada.

2. A procura pela tão sonhada e falada capacitação levou a população jovem a se distanciar de trabalhos que, nas entrelinhas, sempre foram desvalorizados. Dentre eles, o de pedreiro e servente de pedreiro.

Em cidades como São Paulo, por exemplo, onde a construção civil gera empregos durante todo o ano, as construtoras tem sentido a necessidade de contratar trabalhadores de outras partes do estado e até mesmo do país, para que possa acompanhar a demanda, que aumenta, graças a outra criação do fim do século XX, o planejamento familiar.

As famílias estão cada vez menores,em números de participantes, e cada vez aumentam em número, causando a necessidade de fazer mais casas e apartamentos.

Nessa mesma noite, em reportagem ao mesmo Jornal da Globo, um mestre de obras afirmou que os jovens devem atentar para as possibilidades de emprego que a construção civil abrirá nos próximos anos. Afirmou também que este público deve mudar sua mentalidade.

O Mercado manda. Desde que o momento em que o vapor se fez ferro, na Inglaterra. E antes disso, talvez!

Mas, o Mercado é complicado. E quando Mercado e Trabalho se juntam, fazem um baita fuzuê!

E agora? Alimentar o mercado das falsas promessas de trabalho, em busca de uma especialização e capacitação, para se tornar digno de entrar no Mercado e beijar os pés do Trabalho; ou desistir dessa idéia e se voltar para a construção civil, construir as moradias brasileiras e, quiçá, morar numa delas?

O Mercado e o Trabalho se alimentam. São realmente uma dupla imbatível. O século XXI que os aguarde.

Este é o outro lado da contemporaneidade.